sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Canção de Embalar

José Afonso... Trabalho reconhecido a nível do fado de Coimbra, da música tradicional e da música de intervenção, com letras que espelham bem a sua mentalidade de crítica à Ditadura.
Deixo um exemplo da sua forma mais popular, numa das melodias que marca uma geração e nos faz viajar por aí ouvindo-a...

À falta de vídeo com qualidade do autor a interpretar a canção aproveito para deixar aqui também (numa espécie de 2 em 1) um pouco duma amostra do trabalho da voz de Dulce Pontes.




Dulce Pontes


Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será pra ti
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer

Zeca Afonso


JR

1 comentários:

Anônimo disse...

Já tardava o post, mas valeu a pena a espera.
Belo poema o do Zeca Afonso. A Dulce Pontes é uma força pouco explorada que pode(ia) ir mais além.

A "Comptine" é uma ternura!